História

Essa história de 64 anos foi construída por várias gerações de seu quadro social, que viram o Aquidabã nascer, evoluir e atingir a maturidade. Gerações de sócios foram capazes de entender e apoiar as iniciativas que contribuíram para o crescimento do Clube. Olhar essa trajetória vitoriosa e constatar a evolução real da sua estrutura, o quanto cresceram e se qualificaram os serviços oferecidos, e a preocupação de todos em ter o melhor cada vez mais. Temos orgulho das virtudes de nosso Clube que é uma referência para a vida das pessoas de nossa cidade.
Evoluir sempre, e manter a responsabilidade sobre o patrimônio que cresce a cada dia em estrutura, e principalmente sendo um bom cenário nas vidas de homens e mulheres, que viram passar por aqui seus avós, seus pais, e agora veem seus filhos.
As transformações foram inúmeras e em todas as áreas. Seja no lazer, no esporte, no entretenimento, na náutica, nos eventos, na cultura. As ousadas e competentes gestões administrativas e financeiras do Clube, foram fundamentais para esse crescimento, com contribuições decisivas de seus comodoros, diretores, conselheiros, e é claro com o papel imprescindível de seus funcionários ao longo da história do Aquidabã que chega ao 64º aniversário do clube, e com ele a alegria de todos nós vamos comemorar!

Estávamos no Brasil da Bossa Nova, um país que crescia e assumia o seu papel no mundo. Angra dos Reis era uma pequena cidade ainda atendida pela navegação de cabotagem. Já possuía o Colégio Naval, e o Estaleiro Verolme começava a ser construído. Ir para a Capital ainda era uma aventura pela Rodovia Rio São Paulo, e para fazer faculdade, nossos filhos precisavam ir morar longe das famílias. Nesse cenário, dois clubes náuticos já existiam, mas não atendiam as famílias angrenses: O ICAR no Pontal, e a subsede do Iate Clube do Rio de Janeiro, Praia Grande.
Uma energia positiva a favor de um espaço para o lazer das famílias de frente para o mar, surge em meio à sociedade angrense. A iniciativa de criação do Clube foi estimulada pelos encontros e bate-papos em locais como a Farmácia Confiança e na Casa Abado Antônio e, logo depois, foi concretizada pela aposta feita por mais pessoas da sociedade angrense, políticos e comerciantes, que se reuniram pela primeira vez para a fundação do Iate Clube Aquidabã na sede da Prefeitura de Angra dos Reis, tendo à frente das conversas Jorge Paulo Wishart, prefeito à época.
Em 5 de fevereiro de 1960, segundo os anais da história do ICA, corajosos e voluntariosos fundam o Iate Clube Aquidabã. À frente desta turma, os personagens de destaque eram: Dr. Ênio Corrêa da Silva e seu irmão Léo Corrêa, Orlando Gonçalves, Antuan Abado Henne, Nilton Barbosa dos Santos e seu irmão Waldir Barbosa dos Santos, Roberto Souza Costa, o “Paulista”, e Roberto Seixas Costa, o “Chefe Cotta”. Somaram-se ao grupo de fundadores outros nomes como prefeito à época Jorge Paulo Wishart, Salomon Pedro Reseck, Maryan Salomão, Professor Jair Natalino Espíndola Travassos, Catarina Massad, Benedicta Salomão, a “Bidica”, Dr. José França Santos, Ayrton José Coelho de Britto, Antônio Valentim de Carvalho Filho, Félix Salomão, Dr. Érico da Fonseca, Heitor Chagas da Rocha, o “Rochinha”, João Goulart Coimbra, Professor Jonas Bahiense Lira, Lélia Elias e seu irmão Luís Elias Miguel, Haderbal Casimiro Costa, entre outros da ativa sociedade angrense. Os registros históricos apontam um grupo de 52 eméritos fundadores.

A iniciativa tinha como propósito fundar um clube náutico para as famílias angrenses, os dois outros não eram próximos ao Centro de Angra. O primeiro local para a construção do clube, foi uma área aproximadamente 5000 m², no início da Costeirinha do São Bento, mas teve problema para a sua legalização junto à Marinha. O movimento esfriou um pouco, e cerca de um ano e meio depois surgiu a possibilidade de o Clube nascer na área de propriedade de um querido professor de educação física, conhecido como Professor Brasileiro. Ele estava construindo uma casa em uma área beira da praia, localizada na ponta dos Borges, atual Avenida Ayrton Senna, na Praia do Anil. Léo Corrêa e Antuan foram ao local, gostaram da localização, e levaram até o grupo para análise em Assembleia a possível compra do terreno.
No dia 17 de julho de 1961 submeteram ao antigo proprietário Professor Brasileiro, a primeira proposta de compra, entretanto ela foi rejeitada. A concretização do negócio se deu em 16 de outubro de 1961, com a proposta no valor de Seis Milhões de Cruzeiros. Ficou acertado que o pagamento seria realizado em oito anos, com o pagamento de prestações mensais de Sessenta Mil Cruzeiros, sem entrada, e sem juros.
Na Assembleia realizada em 16 de julho de 1962, foi feito oficialmente o lançamento de venda de 50 títulos de Cem Mil Cruzeiros e mais 50 títulos de Cinquenta Mil Cruzeiros destinados aos sócios e seus dependentes. Na ocasião o Professor Brasileiro, ex proprietário do terreno e da casa vendida, propôs aos associados o pagamento à vista de Um Milhão de Cruzeiros e ainda a cessão de dez títulos, sendo cinco de Cinquenta Mil Cruzeiros, e cinco no valor de Cem Mil Cruzeiros, cujo valor total do terreno ainda incluía as nove prestações que ele já havia recebido no valor de Quinhentos e Quarenta Mil Cruzeiros, o que acabou sendo um excelente negócio para o recém criado clube. O negócio foi fechado por unanimidade em assembleia.
Um dos sócios proprietários, Odílio Alves Costa, se prontificou a emprestar, sem juros, a quantia de Um Milhão de Cruzeiros, pelo prazo de três meses, período em que o Clube levantaria o valor por meio de empréstimo bancário. O empréstimo foi feito no Banco Predial do Estado do Rio de Janeiro, cujo gerente era o sócio proprietário Mauro Esteves Tristão, que contribuiu efetivamente na negociação.

Segundo o fundador Antuan Henne, o nome do Iate Clube Aquidabã foi ideia do Ênio Corrêia, e se justificava como uma homenagem angrense à brava tripulação do Encouraçado Aquidabã, que explodiu em 21 de janeiro de 1906 na Baía de Jacuecanga, e repercutiu nacionalmente. Dentre os mortos na catástrofe estava o engenheiro naval angrense João Cândido Brasil. O almirante angrense veio a se tornar o patrono da Engenharia Naval da Marinha do Brasil. O navio Aquidabã fazia estudos para instalar em Jacuecanga o novo Arsenal de Marinha. Desde o Império, o Brasil pensava em Angra com dois fortes militares, um na Ponta Leste, outro na Piraquara, um estaleiro em Jacuecanga e uma escola militar onde nasceu o Colégio Naval. Mas, com a tragédia, abandonou-se parte deste projeto, só nascendo o Forte do Leme, e posteriormente o Colégio Naval. E na Ponta Leste, onde explodiu o navio, foi construído um obelisco em sua homenagem.

Nas primeiras reuniões foi acertado que o valor patrimonial do clube seria de Cinco Milhões de Cruzeiros, distribuídos em Cem cotas de Cinquenta Mil Cruzeiros, e que as condições de aquisição seriam: Entrada de Cinco Mil Cruzeiros e o restante dividido em dezenove prestações de Dois Mil e Quinhentos Cruzeiros, de acordo com a Ata de Constituição e Fundação do Iate Clube Aquidabã, em sua primeira Assembleia.
A segunda reunião da articulação para fundação do Clube aconteceu no dia 19 de fevereiro de 1961 no Paço Municipal, e o encontro foi presidido por Salomon Rezeck, tendo como secretária a professora Maryan Salomão. Na ocasião, o prefeito Jorge Paulo Wishart retificou o número de títulos de sócios de Cem para Duzentos, e o número de cotas de 19, para 18. Foi nesta reunião que se organizou a Primeira Comissão de Fundação do Iate Clube Aquidabã.

Mesa de Assembleia
Presidente – Salomon Pedro Reseck
1º Secretário – Geraldo Pamplona Machado
2º Secretário – Sylvio de Castro Galindo

Comissão de Redação
Professor Jair Natalino Espíndola Travassos
Dr. José França dos Santos
Dr. Orlando Gonçalves

Junta Governativa
Dr. José Paulo Wishart
Dr. Léo Corrêa da Silva
Major Mozart Moreira da Silva
João Goulart Coimbra

Comissão de Legislação
Dr. Armando de Carvalho Jordão
Aldo Costa
Edgar Santos
Antuan Abado Henne

Comissão de Planejamento
Professor Tiete Couto rosa
Oldric Sivic
Luiz Elias Miguel
Francisco A. Wantuli Neto

Na Assembleia de 9 de setembro de 1961, quase dois anos do encontro que marcou a fundação do Clube, aconteceu a DIRETORIA E eleição da primeira Diretoria e do Conselho Deliberativo do Aquidabã.

DIRETORIA
Comodoro – Dr. Léo Corrêa da Silva
Vice-Comodoro – Dr. Orlando Gonçalves
Diretor Tesoureiro – Otaviano Cardoso de Miranda Neto
Diretor Secretário – Edgar Santos
Diretor de Esportes Terrestre – Wanildo Alfredo Cruz
Diretor de Esportes Aquáticos – Jorge Borges da Cunha
Diretor Social – Nilton Barbosa
Diretor Jurídico – Dr. Eduardo Sócrates Castanheira Sarmento
Diretor de Obras – Paulo José Mazzacaro
Diretor de Manutenção e Oficinas – Willy Peixoto

CONSELHO DELIBERATIVO
Presidente – Dr. Jorge Paulo Wishart
Dr. José França dos Santos
Dr. Armando de Carvalho Jordão
Dr. Arthur Galeno Castanheira Sarmento
Dr. Geraldo Siqueira Cavalcante
Donald de Azambuja Lowndes
Luiz Elias Miguel
Salomon Pedro Reseck
Professor Jair Natalino Espíndola Travassos
Arthur Frederico Milagre
Dr. Pompeu Barbosa Accioly
Claudio de Oliveira e Silva
Comandante Milton Ribeiro de Carvalho
Manoel Jordão Neto
Zélio Frederico Nascimento
Antuan Abado Henne
Eloy da Fonseca
Eduardo Galindo Filho
Waldir Barbosa dos Santos
Dr. Eurico Centelha Prado

CONSELHEIROS SUPLENTES
Antoine Nicolas Alexious
Carmelo Peixoto Jordão
Aniz Cassab
Flávio Mário de Carvalho

CONSELHEIROS FISCAIS
Reynaldo Dunley
Dr. Érico da Fonseca
Dr. Lincoln Salazar

CONSELHEIROS FISCAIS SUPLENTES
Lair Ferreira
Pedro Lopes Moraes

A história do Aquidabã está entrelaçada vida da sociedade Angra dos Reis. Foi no início da década dos anos 60 que comerciantes, políticos, médicos, advogados, e de tantas outras profissões ajudaram a construir a trajetória vitoriosa do clube. Foram inúmeros comodoros, diretores e conselheiros que voluntariamente deram suas contribuições nesses 64 anos. De geração em geração de angrenses a vida social e desportiva de Angra dos Reis melhorou porque existe o querido Aquidabã. Foram muitas a gestões que deram alta qualidade administrativa e estrutural ao Clube. Na linha do tempo do Aquidabã, verdadeiras transformações associadas a gestões que permitiram ao Clube avanços qualitativos em modernidade de maneira orgânica, possibilitando espaço digno de convivência entre as famílias.

COMODOROS
1961-1967-Léo Corrêa da Silva
1967-1968-Luís Elias Miguel
1968-1969-Elói da Fonseca
1969-1970-Amoacir Laje Vieira
1970-1970-Iramar Jordão Cardoso
1970-1973-Heitor C. Freitas
1973-1973-Maria R Laranjeira
1973-1974-Carlos Alberto Gibrail Rocha
1974-1975-Heraldo Carlos Fians de Lima
1975-1987-Jorge Elias Miguel
1987-1991-Fernando Jordão
1991-1993-Jefferson Deccache
1993-1995-Bento J. Pousa Costa
1995-1997-Josafá B. Rodrigues
1997-2001-Jorge Elias Miguel
2001-2003-Ricardo Natal Bruno
2003-2007-Paulo C. X. França
2007-2011-Eduardo T J de Britto
2011-2015-Paulo C. X. França
2015-2017-Fernando Argolo Pimenta
2017-2021-Mozart Barboza Azevedo
2021–Carlos Alberto Gibrail Rocha Filho

–PRESIDENTES DO CONSELHO
1961-1966-Jorge Paulo Wishart
1966-1967-José França Santos
1967-1968-Léo Corrêa da Silva
1968-1969-Salomão Pedro Reseck
1969-1970-Benedicto Aloísio Braz de Carvalho
1970-1981-Léo Corrêa da Silva
1981-1983-Pedro Lopes de Moraes
1983-1985-Wander Maia
1987-1989-Wander Maia
1989-1991-Amoacir Lage Vieira
1991-1993-Ricardo Natal Bruno
1993-1997-Wander Maia
1997-1999-Amilcar Jordão Caldelas
1999-2001-Jorge Decache
2001-2003-Luís Antônio Decache
2005-2009-Rafael Elias Castro
2009-2011-Eric Turbay Rangel
2011-2015-Fernando Argolo Pimenta
2015-2017-Luís Carlos Jordão Elias
2017-2021-Sérgio Nogueira de Paiva
2021-2023- Altino Carlos de Oliveira Rosa
2023- Altino Carlos de Oliveira Rosa